Por Joelson Nascimento O número 13 estava desacreditado; agora regenerou-se. Deixou de ser um número de mau agouro, para ser uma data de liberdade. Já não é fatal: é glorioso (Artur Azevedo, in, Nos tempos de Patrocínio , p.143). Acredito que o leitor não precise “puxar pela memória” para descobrir o que ocorreu nessa data tão importante para a História do Brasil. Contudo, por via das dúvidas, facilitarei sua empreitada. 13 de Maio de 1888 foi o dia oficial da abolição da escravatura em todo o território brasileiro. Oficial porque quatro anos antes, com o inestimável auxílio de Francisco José do Nascimento, cognominado por José do Patrocínio como o “dragão do mar”, o estado do Ceará erradicava a escravidão dos negros mediante ações como greves de jangadeiros e “vaquinhas” para a compra de cartas de alforria [1] . Há tempos que no Brasil vinha sendo cultivado o clima de liberdade e esperança (a lei do ventre livre foi promulgada em Setembro 1871 e Lei Eusébio de Queiró
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